segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O Diário de Anne Frank

12 de junho de 1942 – 1º de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. A força da narrativa de Anne, com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus, faz deste livro um precioso documento. Seu diário já foi traduzido para 67 línguas, e é um dos livros mais lidos do mundo. Ele destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito.



Anne Frank era uma menina judia que vivia com sua família: seu pai Otto Frank, sua mãe Edith Frank e sua irmã Margot Frank. Anne adorava estudar e levava seus dias normalmente como qualquer garota da sua idade. Apesar de ter uma personalidade muito marcante, enfrentava suas dúvidas relacionadas à vida, ao primeiro amor, à incompreensão dos pais e a todas essas questões que permeiam a vida nessa idade. No entanto, quando sua irmã recebe uma carta para comparecer a um centro de concentração nazista, toda a estrutura familiar se altera. A família foge e se abriga num esconderijo, um anexo de um prédio de tamanho claustrofóbico em que mais tarde outra família se junta a eles. Trancados em um local pequeno, logo começam a surgir as dificuldades de convivência, o sofrimento por terem que passar seus dias presos lutando pela sobrevivência e o medo de serem descobertos. Anne escreve tudo em seu diário, os horrores e todo o sofrimento que passaram.
O fato de ser o relato de uma adolescente fez toda a diferença, pois Anne depositou em seus escritos toda sinceridade e entrega próprias dessa fase da vida, mostrando-se como uma menina extremante inteligente e cheia de ideias bem articuladas e à frente do seu tempo. Em meio a todo o sofrido contexto histórico da época, conhecemos de perto os gostos, hábitos, qualidades e defeitos de Anne e das pessoas que ficaram isoladas com ela. Desse modo, o livro não é só um relato sobre os terríveis acontecimentos envolvendo o período da Segunda Guerra Mundial, mas também sobre a inocência roubada de uma menina que queria apenas viver sua vida e concretizar seus objetivos, de uma família que viveu o medo diário da morte, de uma história real e triste que poderia ser contada de várias formas, mas essa certamente foi uma das mais incríveis e realistas, pois saiu das mãos de quem a viveu e de quem sentiu na pele o lastro de terror que o nazismo deixou.
A história emociona, a escrita nos toca e o envolvimento que temos com Anne no decorrer do seu diário nos fragiliza no final da leitura e nos deixa indignados e impressionados com a capacidade de tamanha crueldade que um ser humano pode alcançar.  Recomendo demais a leitura, é um relato de vida forte, inteligente e sensível que foi incrivelmente brindado com essa nova edição de capa dura, repleta de fotos e muito bem cuidada, um verdadeiro presente e mais que merecido destaque e atenção a uma obra clássica e importante da literatura que todos, sem exceção, deveriam ler.

Título: O Diário de Anne Frank
Autor: Anne Frank
Editora: Record
Número de Páginas:  416
Ano de Publicação: 2014
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